segunda-feira, 27 de abril de 2015

    Compreendes os meus silêncios melhor que eu, ouves os meus gritos mudos, acaricias o meu olhar de tristeza, apoias-me em todos os momentos que preciso.

    Sabes calar, quando os meus lábios nada dizem e os meus olhos ficam perdidos.

    Quando tento reencontrar-me e perceber-me.

    Confortas-me nas palavras que pensas e não dizes, nos abraços apertados que me vestem de carinho, do carinho que preciso!

    És o sol que me aquece, a melodia que me inunda quando o frio se instala no meu corpo.

    Sinto-me nua perante ti (e gosto), porque sei, que mesmo no silêncio, tu me lês e tudo fazes para que eu reencontre a paz que tanto preciso.

    Esperas pelo meu sorriso para sorrires comigo.

    És a vida que eu sempre procurei.

    O amor verdadeiro e inteiro.

    És o mundo que eu preciso, quero e amo de coração.

    Em mim pulsa o teu olhar, as tuas lágrimas que se misturam com as minhas, os sorrisos que se espalham em nós.

    És o amor mais que perfeito.
    Mais do que eu mereço!
    Meu Grande e sempre amor!
    (Cris Anvago)

Obrigada amiga Lourdes Sousa!!

    Foto de Lú Poesias.

domingo, 26 de abril de 2015

INSÓNIAS DELIRANTES

    Nas noites em que não durmo
    Voam os pensamentos
    Onde os sonhos se espreguiçam...
    Por mim
    De olhos abertos
    Espero que o mundo se revire
    Fique tudo ao contrário
    Onde os gritos de dor
    Sejam sorrisos de amor
    As injustiças sejam imaginação.
    Na minha memória
    Pairam doces imagens
    Palavras suaves
    Não durmo mas deliro
    Na loucura do que queria
    Que fossem as pessoas
    Mais humanas, mais alegria
    Falsidade não existe
    No dicionário que construí
    Na noite em que não dormi.
    Andei nas nuvens
    Contruí o meu próprio mundo
    Tão diferente
    Tão crente
    No íntimo de quem é persistente
    E tenta ser como toda a gente.
    Somos diferente
    E devemos encarar o que somos
    Admitir os nossos defeitos
    Realçar as qualidades
    Rir mais que chorar
    Olhar mais para fora que para dentro!
    Existem mais sofredores que nós
    Mais pessoas que estão neste mundo
    Que lutam
    Mesmo estando sós
    Compreendo-me
    Compreendo-te
    Tento mudar-me
    Sempre para melhor
    Na noite em que não durmo
    O dia seguinte pode ser
    Dia de sol ou escuridão
    Sou eu que escolho
    Sou eu que me reinvento!
    (Cris Anvago)

PORTUGAL 25 ABRIL 1974!

    UM CRAVO!
    Cheio de significado
    Não apenas uma flor...
    É um grito!
    Vozes unidas
    Dores esquecidas
    Milhares de cravos
    Vermelhos
    Sangue que pulsa
    Liberdade que se expande
    Sonhos de um futuro melhor
    Abraços, sorrisos
    1974! Ano para recordar!
    Vermelho e verde
    Símbolo da liberdade
    Cinzentos os rostos
    Transformados em risos coloridos
    Palavras de ordem
    “O povo unido”
    Sem partidos
    Com sentido
    “Jamais será vencido”
    Num único objetivo!
    Justiça e igualdade
    Respeito de braço dado!
    Não desistam da luta!
    NÃO DEIXEM MORRER O CRAVO!
    (Cris Anvago)
    Foto de Cris Anvago.

A NOITE

    Largos são os passos
    Deambulando incertos, preguiçosos
    Pela estrada infinita...
    Vermelhos são os lábios
    Estridentes gargalhadas
    Pronunciam gestos de ternura
    Brilhantes os olhares
    Estrelas que caminham
    Vorazes os corpos que desejam
    Adrenalina e paixão
    A lua comanda a vontade
    Os sentidos são mágicos
    Tudo é belo
    Mundo que se constrói
    Na noite e na noite se desvanece
    Gritos, paixão, sussurros, alegria!
    (Cris Anvago)
    Se o sol não brilhar amanhã
    Vais deixar de sorrir?
    (Cris Anvago)

sábado, 25 de abril de 2015

    Entendes os espinhos da rosa? Sabes como amá-los?
    Compreende que nem todo o odor inebria a tua alma, que toda a rosa tem espinhos, toda a estrada tem pedras, existem montanhas no teu caminho.
    Consegues contornar os obstáculos? Perceber o sentido do teu sentir em relação á pele que te veste e ao toque que te arrepia?

    Se tens consciência e analisas os porquês, interrompes a palavra que teima em sair apressada e vês para além do visível, consegues pensar e sentir o que deves fazer, sentir e dizer.
    Em cada segundo o pensamento é vento que abala as tuas verdades, os teus valores. Tens que ser mais forte que o vento, ser muralha, parar o pensamento.
    E na rua deserta, onde se instala a melancolia? És chuva que molha a vontade de ser o que és e de ver a outra pessoa na sua essência?
    Tantas interrogações que se espalham nas nuvens que não passam para além de ti.
    Interrogação que se instalam no pensar, que é só teu, na tua vontade (ou não) de ver profundamente quem está á tua frente.

    Conhece quem pouco fala e fala com quem pouco se quer revelar.
    Os espinhos são a proteção das rosas, o seu escudo, o nevoeiro que não revela as desilusões da vida.

    Vestes de negro os teus pensamentos ou mergulhas na onda sem medir as consequências?
    Deixa-te levar pelas tuas emoções, ama e vive, sorri e abraça.
    Constrói o teu mundo paralelo ao que existe, não temas os comentários degradantes de mentes pequenas.
    Pensa sempre por ti e para ti!
    Existem rosas sem espinhos?
    Consegues não te picar?
    Cabe a ti descobrir.
    (Cris Anvago)
    Escrevo os momentos na página da vida, danço nos parágrafos, beijo os silêncios.
    Penso nos dias que passam, para algumas pessoas são demasiado compridos, para mim têm poucas horas.
    Calo-me nos instantes em que percorro as madrugadas nos pensamentos errantes.
    Grito no mar que me acolhe e afaga o meu corpo.
    Pequena, pareço frágil, mas a força é grande, raízes profundas que se agarram á terra enquanto a imaginação se solta do corpo molhado....
    Acaricio os teus momentos.
    Longínquos os teus olhos dos meus, abraçados os nossos corações.
    A noite vai caminhando a passos apressados para a madrugada, o dia vai nascer, nas flores que se abrem as minhas palavras exalam o perfume na atmosfera que percorre a distância entre os nossos corpos.
    Sou tua, mesmo na distância de hoje…
    (Cris Anvago)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

    Cala-me a pele
    Com os teus beijos que são rios
    Que me transcendem de beleza
    Perfume e harmonia
    Cala-me os dedos...
    Inquietos que voam sem rumo
    Calmos na imaginação dos poros
    Treme a voz
    O gemido nasce
    Expande-se no corpo
    Todo ele é grito
    Abafado no coração
    Que pulsa sem noção
    Que tudo o que sente
    É paixão, alegria, amor
    Cala-me a pele
    Onda nos teus olhos
    Sussurra-me a alma
    Nas nuvens que passeiam
    No céu de ti
    Sou silêncio
    Fogo nas tuas veias
    Que dançam
    No ritmo do corpo que balança
    Vive! Brilha! Arrepia!
    Fogo e mar
    Sol e lua
    Amor ao luar
    Rosa que se desfolha
    Perfuma
    Inebria
    Sou suave
    Selvagem
    Guerreira
    Sensível
    Sou Tua!
    (Cris Anvago)

sábado, 11 de abril de 2015

    Foto de um utilizador
    Arranca de mim
    Os mais fundos gritos
    De prazer infindável
    Dá-me tudo
    Mesmo o que não saibas o tudo que tens...
    Desnuda-te perante mim
    Envolve-me sofregamente
    E sente
    A euforia do meu corpo em chamas
    As células que se abrem
    Reclamam beijos fundos
    Sorrisos estridentes
    Ouve a minha respiração
    A língua solta-se na pele que te veste
    Prova-te
    Prova a minha tempestade
    Que outrora foi brisa
    Desliza nas sensações desconhecidas
    No precipício da paixão
    Agarra-me para caíres no céu
    Afundares-te na onda
    O ar falta no novo universo
    Oxigénio que se esvai
    Em suspiros roucos
    Arranca de ti tudo o que não gostas
    Desprende-te das amarras
    Nas coxas que se enrolam
    Viagem no barco á vela na tempestade
    Perde-te no oceano de mim
    Toca a minha pele que arde!
    (Cris Anvago)

quarta-feira, 8 de abril de 2015

    Foto de um utilizador
    Dançam arrepios nas pontas dos dedos
    Tango de paixões
    Na pele que os sente
    Pulsar de sensações
    De sol e nuvens...
    Lua cheia que se acende
    No coração
    Labirinto inexplicável
    De um mundo belo e inexistente
    Corpo de prazer
    Que se solta
    Vive o momento
    Abre-se em horizontes desconhecidos
    Sorri e sente
    Vibra e vive
    Sonha e estremece
    Na alma que se eleva
    Sôfrega a pele nua
    Inundada na cascata de ternura
    Vive, grita!
    Explode e sente
    Paixão no momento
    Tatuado o amor
    Que permanece
    Sempre!
    Em cada sol que nasce
    No rio que corre
    Expande-se a onda
    No oceano transcendente
    Sou mar que pulsa e sente
    No teu corpo navego
    Subtil, leve e intensamente!
    (Cris Anvago)
    Afagas-me o choro
    No abraço intenso
    Mundo florido que se revela
    És sonho, realidade, primavera
    E eu sou tudo em ti!...
    (Cris Anvago)

segunda-feira, 6 de abril de 2015

    Nas margens do teu corpo
    Descanso
    Sonho e tremo de paixão
    Sou onda e verão
    Calma e ventania...
    Sou o que penso e queria ser
    E sou!
    Em ti sou tudo o que imagino
    Desnudo os meus sonhos
    Para que entres neles
    Voamos no prazer de amar
    Ser e ficar na paixão
    Loucura
    Verão em pleno inverno
    Sangue que ferve
    Nas veias que pulsam por ti
    Gosto-te
    Amo-te
    És o mundo que quero para mim!
    (Cris Anvago)
    Na imaginação que corre no vento
    O nome é mais forte
    Pulsa no pensamento
    As mãos acariciam a brisa
    Suave na imensidão da noite...
    És balão colorido que voa
    Distância perto de mim
    És imensidão
    Grão de areia
    Na palma da minha mão
    Sopro
    Voas livre
    Cantas
    Dizes que sou verso em ti
    Lembrança do que ainda virá
    Lua que toca a pele
    Cheia
    Iluminada
    Escorre na mente
    O toque que o teu corpo sente
    (Cris Anvago)
    Foto de Cris Anvago.
    Todas as lágrimas são salgadas
    Em todos os rostos que caem
    O Sangue que pulsa
    Em todos nós tem a mesma cor
    Somos todos iguais!...
    (Cris Anvago)

sexta-feira, 3 de abril de 2015

    Amanhã
    O meu dia será uma página em branco onde vou escrever os meus sentimentos, nos minutos que viver aparecerão sorrisos, desconfortos, momentos menos bons, outros (talvez) eufóricos, só sei que serão todos vividos e sentidos por mim…
    Não sei se será uma página ou um livro.


    24 horas pode ser muito ou pouco tempo, depende de como se vive e como se encara todas as pedras, montanhas, nuvens.
    O sol tem que brilhar no meu dia, se não for lá fora, no lugar onde estou.
    O sorriso tem que florescer e o riso nascer.
    Afinal, um dia cinzento ou de sol, só depende de mim!
    Amanhã, o meu dia será primaveril porque eu quero que seja!
    (Cris Anvago)