Uma parte de mim é racional, pés assentes na terra, pensamentos lógicos, medir consequências, prós e contras de cada movimento, de cada palavra em todos os segundos!
Detesto a racionalidade que a sociedade me impõe!
Sinto-me prisioneira, num colete de forças que prende a minha cabeça, que mede as minhas palavras, que aprisiona o meu raciocínio.
Gosto de flutuar no sonho, de navegar no sorriso, não pensar no tempo e ignorar o espaço.
E, a liberdade, a minha liberdade, começa nesse momento, nos segundos que não são medidos, nos carinhos que não são pensados mas sentidos, nos beijos que são saboreados e não programados.
Não sou uma máquina! Não gosto de programar os sonhos, os abraços e os carinhos!
Detesto a sensatez que tenho que ter em todas as palavras que tenho que dizer, porque, as palavras, como os pensamentos, devem fluir e não ficarem aprisionadas, censuradas por leis que pouco conheço, não concordo mas, o meu cérebro grita-me que tenho que seguir!
Não gosto de sentir os movimentos apertados, nem aceito que as minhas palavras estejam vestidas com blusas de licra que sufocam o bater do meu coração!
Gosto do sonho e da palavra que sai diretamente do coração, sem passar pelo filtro do meu cérebro!
Quando estou em silêncio, estou numa amena conversa comigo, vejo-me, revejo-me e penso-me.
Detesto ser racional por imposição!
Adoro sonhar, florescer na madrugada dos meus sonhos!
Cris Anvago
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