sábado, 24 de janeiro de 2015

CARTA

De: Mim
                                                                                                                                        Para: Ti

Escrevo-te esta carta, sei que passou de moda escrever cartas, não sou de modas, gosto de escrever o que sinto numa folha de papel, com linhas ou sem elas.

O sentimento não precisa de linhas, precisa de espaço para aprender a amar, precisa de gestos para continuar a paixão.


Os parágrafos cortam os pensamentos ou dão tempo para pensar? A distância fortalece sentimentos ou apaga-os?


Começo a divagar e não devo, pois se uma carta te escrevo deveria falar de mim, de ti, de nós.


Mas, talvez esteja nos espaços entre as palavras a nossa união e o nosso amor, entre nós não existem espaços vazios, estão cheios de flores perfumadas em corpos nus emudecidos.


Escrevo-te esta carta porque gosto de não estar na moda, porque o meu sentir se reparte pelos momentos belos vividos e sonhados, pelos abraços e beijos que cantam nas madrugadas em que me encantas.


 Não existem palavras numa carta, por mais longa que ela seja, que expressem todas as emoções que escorregam nas veias que percorrem o caminho do meu interior.


Esta carta que te escrevo, se só dissesse amo-te seria banal e vazia? Não se com ela o meu perfume te envolver.


Vou deixar que leias estas simples palavras sem nexo, saídas de um cérebro complexo como é o meu, mas que florescem no meu coração como flores silvestres que se erguem apesar de todas as adversidades.


Por isso te escrevo, estou sempre contigo, nas adversidades e nas alegrias.
O meu abraço é sincero e apertado, quente e convida o teu corpo a ficar colado no meu.


Escrevo-te para te convidar para dançar nos lençóis de linho onde a paixão se espreguiça, a pele rejuvenesce e o sorriso do olhar floresce meu amor.


 Escrevo só para te dizer que te amo!
Cris Anvago
Não diga que sente o que realmente não sente
O sentimento tem que ser genuíno
Seja ele qual for
Mentimos a nós próprios se dizemos o que não sentimos
Magoamo-nos mais do que as pessoas que nos ouvem...

Ao querermos ser outra pessoa que não se encaixa em nós
As palavras deixam de nos servir
E o sentimento apaga-se no coração
Escurecem os sonhos
Dizer o que sente sem o sentir
É cair num buraco negro
Rodopiar até ao infinito do que não se deseja
E o desconhecimento é uma bola de neve
Vemo-nos ao espelho e não reconhecemos a nossa própria imagem
O sentir tem que ser sempre verdadeiro!
(Cris Anvago)
Foto de Cris Anvago.
Foto de Cris Anvago.
Foto de Cris Anvago.
Foto de Cris Anvago.
Foto de Cris Anvago.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Na sintonia descompassada das palavras que não se encontram
Elevo-me para além de mim
Na esperança de me encontrar
Perdida no infinito dos suaves silêncios
Caminho por entre os medos e inseguranças...

Vibro com os sorrisos
Sinto as carícias da brisa que me acompanha
Nas noites que parecem longas
Iguais a tantas horas
Fujo de mim e refugio-me nas estrelas
Porque estão distantes ou porque são belas?
Inatingíveis e brilhantes
Pequenas mas grandiosas
Nas palavras que não se encontram
Os pensamentos deslizam em mim
Como água de fonte cristalina…
Escrevo com o coração que envolve cada sílaba do meu sentir!
(Cris Anvago)
Foto de Cris Anvago.

TVI - Prof. Marcelo Rebelo de Sousa - 18/01/2015 - jornal das 8

Antologia em que participei também!!

Entre o Fado e o Samba 
uma Antologia Poética Luso Brasileira 
foi esta noite referenciada como uma obra de nível muito interessante 
pelo Prof. Marcelo Rebelo de Sousa na TVI
no programa de Judite de Sousa.
Parabéns a todos os meus co-autores.
Se vocês não estivessem a meu lado...
Simplesmente não existiria a Cris Anvago!!
Beijinhos e o meu agradecimento de coração.

Foto de Cris Anvago.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

CORAÇÃO AFLITO

    Nas palavras que não são ditas
    Tantos silêncios que são gritos
    Emoções aprisionadas...
    Letras em labirintos
    Á espera que os lábios soltem o som
    A melodia que não chega á pessoa amada
    Que não é música e não chega a ser nada
    Poderiam transformar-se em gestos
    As palavras mudas
    Se o cérebro não congelasse
    Os braços ficaram pendurados
    E as mãos quietas
    Afinal não foram só as palavras
    O cérebro aprisionou o corpo
    O coração batia acelerado
    Gritaria se pudesse!
    Só o som do coração entoava no corpo parado…
    (Cris Anvago)
    Foto de Cris Anvago.
    Foto de Cris Anvago.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O amor é como um puzzle
Todas as peças têm que encaixar
Todas devem ficar unidas
Para se tornarem numa grande vida!
(Cris Anvago)
Gosto de sentir a brisa segredar-me o teu nome...(Cris Anvago)

FEBRE

As letras dançam
Febril o corpo que se aconchega
Faltam as palavras...

Sobra o fogo
Que se eleva acima do nada
Dançam as letras sem formarem palavras
Febris, juntam-se ao corpo que as quer acolher
Delírios no escuro infindável
Sem cor revelam-se emoções
Desagradáveis são as sensações
Tremores que não levam a lugar nenhum
Febril o corpo envolto nas palavras que se arrepiam de frio.
(Cris Anvago)
Foto de Cris Anvago.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Espreguiço-me no infinito do pensamento
Sou tudo o que sou e o que quero
Sou abstrata nas palavras ou emoção no sentir?
Sou o eu que se expande sem pudor no espaço
(Cris Anvago)


Quadro: Miriam Merci


sábado, 3 de janeiro de 2015

Foto de Cris Anvago.

Dancei na tua retina
Rodopiei nas tuas emoções
Sou bailarina
No amor e na paixão
Os teus olhos o meu público
O teu sorriso o aplauso
Dancei para ti
No olhar que treme no corpo que balança
Dancei
Entraste e ficaste na minha dança…
(Cris Anvago)
 
 

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

PRESA NAS PALAVRAS...

Fico presa nas palavras que não se querem soltar
Perco-me nos argumentos vazios da vida
Relembro a lembrança que algum dia tive...

Estou presa às palavras que navegam em mim
Navego na sua imensidão e sinto-me pequena
Grandiosas as palavras que me conseguem prender com tanta intensidade
Pois se o meu coração não se enternecesse com elas
Jamais ficariam presas a mim…
(Cris Anvago)
Foto de Cris Anvago.
Foto de Cris Anvago.