segunda-feira, 29 de junho de 2015


    Anda
     Quero-te aqui bem junto de mim
     Onde não existam espaços
     Entre os poros que exalam
     O perfume do amor em loucura


    Anda
     Dança a melodia já antiga
     Onde o amor é uma ilha perdida
     E eu fico em ti

    Anda
     Não repares nas palavras que passam
     Nos minutos que trespassam o dia

    Vem
     Ser a minha alegria
     Os lábios em sinfonia num beijo que aquece
     O corpo que energicamente te ama
     Acompanha-me com o sentir 
     De que deseja e não quer fugir
     Rolam as horas
     Gritam os minutos
     Mas o que importa são os teus silêncios
     Os gestos os músculos que se contraem
     No teu corpo o meu sabor baila
     Na melodia que nos embala

    Vem
     Acaricia a nuvem que passa
     A rosa sem espinhos que te abraça
     Vermelha como fogo
     Acende o teu corpo

    Vem
     Nunca te arrependes
     Quando a minha língua a tua prende
     Num intenso beijo que sufoca
     O grito na garganta que te faz feliz!
     (Cris Anvago)

    Foto de Cris Anvago.
    Foto de Cris Anvago.
    Foto de Cris Anvago.
    Foto de Cris Anvago.

domingo, 28 de junho de 2015


O amor é um misto de paixão, desejo e sedução, que embala os corpos numa melodia por inventar, num oceano por navegar.

É afagar a nuvem que passa, branca e suave, abanar os sentidos, esquecer tudo o que se sabe no momento em que os poros se respiram e a pele transpira, num aroma perfeito e indefinido, entre o intenso e o suave.

No amor nada se sabe, além dos instantes repartidos entre os beijos que trocam palavras não ditas mas sentidas. Nos seios os lábios excitam-se, nos ombros as asas agitam-se.


Voa a imaginação, cai a palavra no chão e só existe silêncio, só permanece o sentimento, puro e belo. 

O amor não é chama que se apaga num sopro de uma palavra mais amarga, é compreensão, montanha onde se inicia uma grande escalada. Com paragens e respirações ofegantes, o amor sempre foi, é e será, dos amantes ternos e atenciosos, ouvintes atentos e presentes em tudo o que acontece.

Nas lágrimas também o amor se fortalece! Nos risos o desejo acontece.

O amor é indecifrável, indefinido, depende do sentir e do viver de cada um. Da capacidade de ser dar e saber receber.

O amor é abraçar, sentir, viver!
 (Cris Anvago)


    Murmurei entre os segundos que teimavam em correr, no relógio louco que gargalhava e troçava de mim.

    De voz já cansada, o som mudo do teu nome ecoa no meu cérebro.

    Na minha pele a tua essência inunda os poros abertos e despertos de ti.


    Na ausência do tudo, já nada era o que pensava, porque os pensamentos estavam mais confusos que o relógio que rodopiava, insistindo em caminhar, no único círculo que ele conhecia. Tão limitado este relógio que não se atreve a ultrapassar a sua própria linha.

    Parece-se com algumas pessoas que não se atrevem, não vivem e são prisioneiros das horas.

    Eu não quero relógios! Já foi tempo em que os colecionava, ultrapassei o círculo, construí rectas, curvas e contra curvas nos minutos da minha vida. 

    As horas são como eu quiser! Como me apetecer! Não têm correntes nem regras a seguir! 
    (Cris Anvago)

sexta-feira, 12 de junho de 2015

    Perto de mim
    As carícias são estrelas que brilham no corpo
    As palavras balões coloridos que esvoaçam
    Livres, mas com destino definido
    Perto de mim...
    Os beijos são desejos de água fresca
    Nas cascatas que nascem dos poros
    Perto de mim
    A pele tatuada do toque que arrepia
    No olhar a sede de amar
    Perto de mim
    Quero tudo!
    O som do corpo que se expande
    Na noite infinita de paixão
    Nos lábios a sede
    Sem pensamento e sem razão
    No momento de loucura permanente
    Perto de mim
    O amar sem tabus
    A pérola mágica da magia
    Toques
    Suavidade
    Força
    Riso e alegria
    Perto de mim explosão
    Dança e melodia
    Perto de mim…
    (Cris Anvago)
    Nos teus olhos a lua dança
    No imaginário do meu corpo
    O sol inunda a pele
    Transpira o desejo
    Na paixão nua...
    Na solidão da palavra
    Suave é a brisa que te afaga
    Nos teus olhos um rio que corre
    As rosas perfumam os pensamentos
    As palavras brotam em gestos de ternura
    Despida a lua de silêncios
    Calada na voz que entontece as estrelas
    Os seus mistérios
    Só eu consigo vê-los
    Sinto o sol no sorriso do olhar!
    (Cris Anvago)

DIA DA CRIANÇA

    Sou e serei sempre criança, o sorriso, as brincadeiras
    Sou irreverente e gosto da palavra “porquê”
    E como fico confusa quando não me conseguem explicar algo!...
    Desconfio que a pessoa não sabe.
    Gosto de brincar às escondidas
    Escondo-me por detrás das palavras e quando não me encontram
    Gargalhadas soltam-se de mim.
    O que penso de alguém sai, assim, como uma cascata.
    Só percebo que fiz asneira quando vejo a expressão da outra pessoa.
    Pulo, brinco e gosto de balões coloridos que voem até á lua
    Sim! Porque acredito que cheguem lá!
    Oiço uma canção e canto também
    Baralho as palavras, canto como as oiço
    Se não as oiço bem atrapalho-me e invento
    Se alguém dá por isso coloco um sorriso de atrapalhada e tímida, mas não páro
    Assim me desculpo e contínuo, porque quero cantar
    E dançar como sei, basta seguir o ritmo, mas, parece que não é bem assim,
    Até a dança tem regras e nomes
    Mas eu gosto de liberdade e de inventar o meu próprio ritmo
    Gosto de ser criança, de não perceber quando não me interessa
    De pedir o que quero
    De abraçar quem eu quero!
    Não gosto de ser forçada
    Detesto quando me dizem para ser simpática com uma pessoa que não conheço e acho antipática.
    Sou genuína e digo tudo o que penso, dizem-me que não é correto, mas é o que penso!
    Deixem-me ser criança!
    Quando crescer tenho que calar o pensamento e não dizer o que sinto e penso!

    Deixem-me ser criança, brincar e dizer o que penso!
    (Cris Anvago)
    Foto de Cris Anvago.