sábado, 28 de março de 2020

Teus lábios…
encostados aos meus com carinho,
esperam a embriaguez da paixão
a noite que transpira emoção.


Tua pele,
arrepiada de desejo,
à espera de outro beijo
mais intenso que o primeiro,
fruto de desejos imensos
que inflamam…


O corpo
É vulcão que não esquece
Incendeia à chegada
Ajoelha-se na prece
para que não partas,
porque na despedida padece
em lágrimas que são dores.


Teus olhos
Ficam mar exaltado
Num oceano desgovernado
Sem pressa…
Quem ama
sabe que o desejo é mais profundo,
que não existe outro mundo.


Quem deseja
Percebe sempre quando beija,
que existe um rio
doce onde navega,
um céu onde se perde…


E o infinito é o começo
O sonho é a realidade,
de quem fica e recomeça
a naufragar no oceano,
que despreza o desengano
da vida que já viveu.


Quem beija
Sabe logo que deseja,
muito mais que lábios ternos,
quer loucura e perdição,
viver no precipício é navegar numa outra dimensão…


Quem ama
é louco e inconsequente
porque o que é valioso
não é toda a vida, mas aquele precioso momento!
Cris Anvago

(27/03/2016)
HISTÓRIAS QUE ESCREVO
Comecei a escrever uma história de amor e ternura no teu corpo, mas o tempo é curto amor, a emoção ficou interrompida, o relógio não pára, corremos no tempo e vamos escrevendo a nossa vida.
Pedaços de momentos diferentes vividos, vidros que se quebram, sorrisos perdidos.
Nos momentos somos nós, fora dos segundos estamos sós.
A vida corre e o amor que fazemos escorre nos minutos de prazer que vivemos.
Gaivotas voam ao sabor do vento, trocam olhares. Cruzam momentos, escolhem os melhores ventos, abrem as asas e voam felizes.
E, nos momentos esquecidos de nós, o vento é agreste, a rosa torna-se silvestre, no árido deserto o meu corpo esperou pelo teu.
Os momentos transformaram-se em silêncios vividos, passados, alegremente sentidos.
Corações que riram, choraram e se abraçaram…
Comecei a escrever uma história de amor no teu corpo, mas, como pássaro livre que és, voaste antes do final.
Escolhem-se os céus, escolhem-se os gestos, encontram-se histórias noutros rostos, noutras palavras, sentires diferentes.
Não sou ninguém, sou toda a gente...
As histórias que começo nem sempre têm fim.
Vivo os momentos, revivo e renovo a cada gesto, cada olhar tem um significado para mim.
As feridas que ficam, no longo caminho que percorro, só eu as saro.
Os punhais ferem e fogem, o coração sangra e chora, mas a força sempre fica e regressa o sorriso.
A ignorância do meu coração pede que ame sempre, cada vez mais, mesmo que o corpo , cansado dos segundos inacabados da minha história fiquem nos meus silêncios.
Sou ilusão, passagem, nesta longa viagem que só termina quando a minha alma se desprender de mim…
Cris Anvago
(28/03/2014)

quinta-feira, 26 de março de 2020

Que as minhas palavras
Atinjam a tua alma
Que te despertem os sonhos,
recordações de infância,
onde corrias, saltavas e eras feliz!
Que te façam lembrar o ontem
tão presente, as festas de aniversário,
de convívio só porque sim!
Das gargalhadas soltas no ar.
Do barulho da multidão
e dos gritos alegres das crianças
Que brincam num qualquer jardim!
Que os abraços te envolvam nos pensamentos só teus,
Porque é urgente abraçar, os teus amigos e família
para que não existam barreiras, medos ou tristezas.
Para que não tenhas que olhar pela janela
e querer estar do lado de fora!
Para seres livre e rires novamente,
gargalhadas sonoras ao lado de quem amas…
Tens que aguardar o momento!
Ser paciente!
Comunicar pelas tecnologias que existem e, ainda bem que existem, se fosse noutros tempos nem televisão tinhas, ficavas isolado do mundo!
Põe o teu eu interior em ordem e em paz!
Medita e acredita que o amanhã risonho vai chegar calmamente e serás diferente, serás mais forte, irás dar importância ao que realmente importa que são os afectos, a família, os amigos e que, alguns não te merecem, não precisam de ti e tu não precisas deles; muitos te surpreenderam e eram pessoas desconhecidas, apoiaram-te, fizeram muito por ti e não vais esquecer!
Que o amanhã esteja perto! Mais perto do que imaginas!
Do que todos nós imaginamos!
Cris Anvago


sábado, 21 de março de 2020


Poesia: Palavras ouvidas entre silêncios imaginados, assimilados intensamente pelo leitor que se revê na pele e no sentir do autor.
(21/03/2017)

quinta-feira, 19 de março de 2020

Teus lábios…
encostados aos meus com carinho,
esperam a embriaguez da paixão
a noite que transpira emoção.
Tua pele,
arrepiada de desejo,
à espera de outro beijo
mais intenso que o primeiro,
fruto de desejos imensos
que inflamam…
O corpo
É vulcão que não esquece
Incendeia à chegada
Ajoelha-se na prece
para que não partas,
porque na despedida padece
em lágrimas que são dores.
Teus olhos
Ficam mar exaltado
Num oceano desgovernado
Sem pressa…
Quem ama
sabe que o desejo é mais profundo,
que não existe outro mundo.
Quem deseja
Percebe sempre quando beija,
que existe um rio
doce onde navega,
um céu onde se perde…
E o infinito é o começo
O sonho é a realidade,
de quem fica e recomeça
a naufragar no oceano,
que despreza o desengano
da vida que já viveu.
Quem beija
Sabe logo que deseja,
muito mais que lábios ternos,
quer loucura e perdição,
viver no precipício é navegar numa outra dimensão…
Quem ama
é louco e inconsequente
porque o que é valioso
não é toda a vida, mas aquele precioso momento!
Cris Anvago
(19/03/2016)
Procura-me
Nos dias em que não consegues ver a tua sombra
Quando a lua se esconde por detrás de uma nuvem
Quando o rio silenciar o seu percurso

Procura-me
Nos momentos em que as palavras não fazem sentido
Quando a minha voz persiste em falar ao teu ouvido
Na ilha dos silêncios adormecidos
Procura-me
Talvez eu esteja em algum desses sítios que moram em ti
Cris Anvago
(19/03/2019)

terça-feira, 17 de março de 2020

Na noite cheia de emoções,
só quero que os teus lábios
pronunciem o meu nome
como favos de mel…

Doces na união de um sentir doce na pele….
Coração que se entrelaça no meu,
não como um nó,
como um abraço,
unido, sentido,
onde transpira o odor da paixão…
Que os teus lábios sejam mel de amor,
que o teu corpo seja doce desejo…
Num beijo corações, paixões e desejos,
que se elevam na noite,
que perduram na madrugada e, que o meu nome,
seja o teu desejo nos orgasmos que se espalham
como flores que nascem,
com cores brilhantes,
num jardim repleto de gemidos
de amantes enlouquecidos!
Que a noite seja um eterno paraíso,
sonhado e sentido,
no mais profundo gemido…
que não sejas tu nem eu!
Que sejamos nós!
Na noite escura que só se oiça a nossa voz,
aquele som, selvagem que nasce, profundo,
na selva do nosso corpo e se propaga na madrugada…
Cris Anvago
(17/03/2016)
As estrelas caíram no mar
Refrescaram-se nas águas límpidas
Mergulharam no horizonte perdido
Dançaram com as sereias
Cantaram um samba destemido
Balançaram numa quizomba
Ouviram um trinar de uma guitarra
E o fado cantaram
As estrelas caíram no mar
Iluminaram as águas cristalinas
Resplandeceram com o seu bailar
E as melodias inspiraram os desejos
Dos amantes perdidos
No seu balançar
Fizeram uma festa
E depois de serem sereias no mar
Esvoaçaram bem alto
Iluminaram o céu até o sol raiar!
Cris Anvago
A maré estava cheia
de desejos e silêncios
e a tristeza desapareceu
nos teus olhos adormeceu
Na fantasia dos teus sonhos
floriram rosas de todas as cores.
E os corpos encheram-se de amores
Nas promessas de infinitos desejos,
no peito que batia rápido,
como rápida é a vida
era maré viva para ser vivida!
Não sei se é sonho,
se é noite ou dia
No peito batia
um coração que pedia
amor na beira do mar
nas conchas que afagavam a areia
sinto-me sereia
Maré cheia como a lua
e despida de palavras
Sou tua!
Cris Anvago

domingo, 15 de março de 2020

TODOS SOMOS POESIA

Poesia é tudo o que vivemos
A paisagem que admiramos
A criança no nosso colo
O abraço apertado que damos
As lágrimas que correm
A emoção que aflora
Nos momentos alegres e tristes
A gargalhada solta
A palavra que não se escreve
Os gestos que fazemos

Poesia está em nós
Em todos os nossos sentidos
Porque poesia é sentir
Viver e amar
Todos somos poesia!
Vestida e entranhada na nossa pele
Nos livros que lemos
Nos sonhos e realidades
Nos beijos que damos
Nos gestos e afagos
Tatuados de poesia
Porque a poesia vive-se!
Cris Anvago
(15/03/2016)

sábado, 14 de março de 2020

Diz-me algo que eu não saiba.

Diz-me algo que eu não saiba.
Faz-me perceber
Que o mundo
não gira à minha volta,
que sou frágil,
tenho medos…
Faz-me perceber
que todos os dias
são para ser bem vividos,
que o sol não nasce só por querer.
Faz-me perceber
que o “nós” é mais importante que o “eu”!
Diz-me o que realmente pensas,
o que sonhas, o que queres.
Poderia dizer-te
que sei a importância e a força
de sermos nós,
que sei que o mundo gira
independente de mim,
que o amor é o meu alimento
e amar-te é renascer todos os dias...
Tudo isto…. tu sabes?
Cris Anvago
(11/03/2016)

domingo, 8 de março de 2020


No teu olhar
Um espelho da tua bondade
Tens o silêncio
Tatuado na pele
A paz caminha a teu lado

És voz que grita
No rio que se agita
És onda no mar
Que se expande
Pela praia deserta

És bela
Como um quadro por decifrar
És janela aberta para o mar
Sangue que pulsa
Nos meus sentidos
És o meu mundo
Mulher!

Nuvem que me embala no teu colo, me transporta para os teus mais belos sonhos, que me beija e deseja toda a felicidade, que é bela em qualquer idade.
Mulher que transporta no seu ventre, a esperança, o perfume de um ser, tão amado e desejado, mesmo antes de nascer!
Frágil e forte és tu Mulher!
Cris Anvago
08/03/2020




Mulher esquecida.
Mulher proibida de falar.
Cala a tua desgraça,
olha o tempo que passa,
não te faças ausentar
das palavras já gastas
dos livros por escrever.

Acorda e luta,
rejuvenesce!
Não deixes que a tua labuta
te consuma e te afogue.
Não sejas mágoa,
sê sorriso, alma que alimenta,
braços que acolhem
carinho e amor.

No teu regaço
existe sempre espaço
para teus filhos se aninharem.
Cris Anvago
08/03/2020




Mulher eterna
Acolhe nas tuas mãos
O calor do carinho
Que te dá teu filho.

Sorri para a vida
Porque não és esquecida
Em nenhum momento
Com saudade lembras
A infância perdida
Que deveria ser
Feliz e divertida
Mas foi vivida a trabalhar.

Agora tens filhos, marido e um lar
Palavras que adoças
Quando teus filhos abraças
Com a verdade de ti.
Mulher que canta
Enquanto trabalha
Mulher que sorri
Nas adversidades
Mulher liberdade!
Cris Anvago
08/03/2020

sábado, 7 de março de 2020

Quando as lágrimas escorrem pela face
A razão diz para o coração: Eu não te avisei?
O coração só responde: E tu não sentiste?
Chora coração...tens razão...
Cris Anvago
(07/03/2014)

O TEU MUNDO…NA MINHA MÃO

O meu olhar percorreu o teu corpo
Como se estivesse a ler um livro
De paixão e mistério
Com os meus dedos
Desvendei silêncios
Escondidos em ti
Tatuagens invisíveis na tua pele...
...dos meus lábios...
...que dançaram nos teus segredos
Exclamações transformadas em gemidos...
Que nasceram nos poros
Flores de desejos quentes...
...de pura magia...
Li-te vagarosamente...
Para não perder cada emoção
Sopro de vento humedecido
Na minha língua o sabor doce
Mel quente...
Colmeia de luz
Pele de seda
O teu corpo universo
Colinas de paixão
Movimentos fortes
Tempestade! Vulcão!
O meu olhar percorreu o teu corpo
O teu mistério em cascata
Odores de maresia
O teu mundo de magia
Repousa na minha mão...
Cris Anvago


(07/03/2014)

O TEMPO

Não existe tempo
na noite que se retrata
no vazio da minha alma nua.

Fico serenamente à espera
que o vento sopre as palavras
inocentes e quentes que se cruzam no ar.
Rodopiam, cantam e, nas asas abertas
voam nas ruas desertas
onde os corações se escondem
e os corpos se expõem.
Não existe frio para quem se encanta
Sob a lua que ilumina e se espanta
olhos rebeldes e apaixonados
seguem o amor,
mel que escorre nos corpos
entrelaçados os murmúrios
No tempo que pára!
Cris Anvago

terça-feira, 3 de março de 2020

Ritmo, vida,
descida,
subida,
contratempos
saída.
Porta fechada
persiana subida
janela aberta
encanto
vida!
Amor,
perdição
emoção
paixão!
Beco
sem saída.
Sorriso
Grito
Arrepio
Labirinto
Abraço
Espaço
No sol
do sorriso!
Amar
Sempre!
É saudável
É preciso!
Ritmo
VIDA!!!!
Cris Anvago
(18/02/2018)
As palavras voavam baixinho
enquanto dormia.
E essas palavras gritavam
o teu nome na noite vazia.

Eram tantas palavras
que formavam frases
Em sintonia.
Virgulas, pontos, parágrafos,
Interrogações e exclamações
velozmente surgiam.
Eram tantas palavras,
inundavam as páginas
brancas vazias.
Quando acordada
nessas palavras eu refletia.
As palavras descansavam
suaves num livro que surgia
esperavam quem as lesse,
pois quem as escreveu
nem as conhecia.
Eram palavras misteriosas,
podiam ser contos ou poesia,
melodia numa longa noite
em que a lua dormia.
Palavras repletas de emoção,
paixão, amor, fantasia.
Palavras que não conseguia escrever
Se fosse dia!
E, nas palavras me enrolo, me aqueço e descanso enquanto o sol nasce. São quentes e mornas, morangos, amoras que me apetece mordê-las, saboreá-las noutras noites com o mar e o meu coração no teu por companhia.
Cris Anvago
(24/02/2018)