sábado, 7 de março de 2020

O TEMPO

Não existe tempo
na noite que se retrata
no vazio da minha alma nua.

Fico serenamente à espera
que o vento sopre as palavras
inocentes e quentes que se cruzam no ar.
Rodopiam, cantam e, nas asas abertas
voam nas ruas desertas
onde os corações se escondem
e os corpos se expõem.
Não existe frio para quem se encanta
Sob a lua que ilumina e se espanta
olhos rebeldes e apaixonados
seguem o amor,
mel que escorre nos corpos
entrelaçados os murmúrios
No tempo que pára!
Cris Anvago

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