terça-feira, 29 de setembro de 2020

Um poeta não morre!

Pulsa nas palavras que escreve, que escreveu

Que vive e viveu!

 

Nos silêncios que são gritos

de amor, alegria, paixão ou dor!

 

Um poeta não morre!

 

O seu nome sempre fica

E muito significa na nossa vivência

Nas veias o seu calor a sua existência!

 

E o poeta sempre vive

pulsante nos corações

Que com ele partilham

Vivências, lágrimas

Alegres gargalhadas!

 

O poeta sempre vive!

Nos pensamentos e nos corações que amam o que escreve e sentem…

 

O poeta é palavra e silêncio que sempre vive em alguém!

Cris Anvago

29/09/2016




terça-feira, 11 de agosto de 2020

 Gostaria de ser

A voz no vento
no teu pensamento
que te faz sonhar
com coloridas sensações
eternas paixões
e a pele a saber a mar

Gostaria de ser
ave errante
que te seduz com o canto
numa noite de luar

Nuvem que passeia
Lua que enlouquece

Gostaria de ser
arte numa tela


abstrato amar
num colorido forte
vida e morte
vulcão a ressuscitar
das cinzas dos pensamentos obscuros
janela escancarada
o sol por detrás dos muros
ser o tudo onde não existe nada

A água no deserto
O corpo que está tão perto que não te deixa pensar em mais nada!
Cris Anvago
07/08/2017





quarta-feira, 15 de julho de 2020

Caminho no teu corpo
Nas minhas mãos os mistérios
Que se enlaçam entre o ser e o dar
O estar em ti e ficar

Percorro o teu sonho
No infinito das nuvens que te afagam
São os meus beijos que despertam
O esvoaçar do gemido que se solta
Corpo em fogo
Pintura inacabada
Tela onde grita o meu silêncio

Descanso na tua pele
Mar que se enfeita nas ondas exaltadas
Emaranhadas nos prazeres da paixão
Escorrem palavras mudas
Nas carícias que percorrem a ilha de ti…
Cris Anvago
15/07/2014

segunda-feira, 13 de julho de 2020

ESSÊNCIA...ATITUDE...ESTAR!

Na minha essência

Existe respeito, humildade

Respeito quem me respeita

Sou humilde porque não sou melhor que ninguém

Gosto do que faço e gosto de mim

Acredito em mim!

Poucas pessoas acreditam nelas próprias

É preciso acreditar para viver melhor

Amar para ser amada

A verdade de nós é o mais importante

A essência é o que nos define como pessoas

Somos o que sentimos, demonstramos

Nos pequenos gestos que se tornam grandes atitudes!

Cris Anvago

14/07/2014 

domingo, 12 de julho de 2020

Evento Literário da ALIPE BODAS DE PLUMAS

Vivo de palavras leves

de sonhos inconstantes
de sinais inconscientes
Mãos que afagam
Abraços que não apagam
o amor, a amizade a dedicação


Voo nas palavras
que me inspiram
cativam na pele
a leveza do sentir
o arrepiar que seduz
para além das palavras


Fico nas palavras
quieta, cativa da cor
beleza constante
Sou um ser irreverente
que se acalma
e nas palavras se revela


Palavras que não são minhas,
são do mundo.
Plumas que se elevam,
navegam perdidas nos oceanos
Que nos unem!
Cris Anvago






quinta-feira, 2 de julho de 2020

NADA É ETERNO

Na pele fica a infinita ternura
O gesto é fogo na manhã que nasce
Esvai-se no nevoeiro a palavra que magoa
A minha língua não teme naufragar na tua boca
Refrescas os meus sentidos
No sentir dos labirintos do meu ser
Sou o nada de tudo
Inteira no espaço que me envolve
Esvoacei pelas estrelas
Abracei a mais brilhante
Iluminei-me
Sou um ser viajante que sempre reclama por mais
Quero neve onde existe sol
Montanha onde existe mar
Quero que a natureza se contradiga
E me diga que sou louca por tanto amar…
Cris Anvago
02/07/2014

sábado, 27 de junho de 2020

Os meus silêncios sempre gritam o teu nome
A brisa afaga o teu olhar
Aquele toque invisível que arrepia...
Sou Eu!
Cris Anvago

27/06/2015

terça-feira, 23 de junho de 2020

Ser cabeleireira é uma arte calculada, de improviso arriscado!
É saber decifrar os desejos de cada pessoa que se senta na cadeira e espera que o seu corte de cabelo seja exactamente aquilo com que sonhou, na maioria das vezes não sabe explicar.
É saber qual o penteado que mais favorece o rosto, a tinta que melhor fica perante o estilo de cada pessoa.
É adivinhar o sonho de cada pessoa e tentar, com dedicação, esforço, calma e amor, como um verdadeiro artista, em cada rosto fazer, com os diversos estilos de cabelos uma obra de arte que seja única.
Ser cabeleireira é tornar o seu trabalho melhor que a realidade sonhada por cada pessoa.
O maior prémio de uma cabeleireira é ver o brilho nos olhos e o sorriso no rosto, da pessoa que se levanta da cadeira, se mira ao espelho e se sente melhor consigo mesma.
Ser cabeleireira é, não cortar demais, não cortar de menos, cortar na medida certa; não pintar a cor semelhante ao que a cliente quer, mas ser exactamente a cor pretendida.
É ser paciente, ser experiente, um pouco de psicóloga, de conselheira, de amiga e responsável pela beleza do penteado, do corte, da cor.
Ser cabeleireira é uma arte difícil, é como ser escultora de uma figura viva!
Não existe margem para erro!
Um aplauso para todas as cabeleireiras, artistas deste país!
Cris Anvago



sexta-feira, 12 de junho de 2020

Serei o pouco que vês e o muito que sentes ou, o muito que não vês…e o muito que eu sinto?
Cris Anvago

12/06/2014

quinta-feira, 11 de junho de 2020


Na geometria dos meus pensamentos
Onde a ternura se enlaça
Os movimentos abraçam-se
Nos corpos que se querem unidos
Corações que são anéis entrelaçados
Mãos que são conchas
Onde se revelam mistérios sonhados
Fantasias coloridas
Da vida que se faz de amor
Geometria de mim
Colorida
Sou tela onde as cores me enfeitam…
Cris Anvago
11/06/2015


O amor é um misto de paixão, desejo e sedução, que embala os corpos numa melodia por inventar, num oceano por navegar.

É afagar a nuvem que passa, branca e suave, abanar os sentidos, esquecer tudo o que se sabe no momento em que os poros se respiram e a pele transpira, num aroma perfeito e indefinido, entre o intenso e o suave.

No amor nada se sabe, além dos instantes repartidos entre os beijos que trocam palavras não ditas, mas sentidas. Nos seios os lábios excitam-se, nos ombros as asas agitam-se.
Voa a imaginação, cai a palavra no chão e só existe silêncio, só permanece o sentimento, puro e belo.

O amor não é chama que se apaga num sopro de uma palavra mais amarga, é compreensão, montanha onde se inicia uma grande escalada. Com paragens e respirações ofegantes, o amor sempre foi, é e será, dos amantes ternos e atenciosos, ouvintes atentos e presentes em tudo o que acontece.

Nas lágrimas também o amor se fortalece! Nos risos o desejo acontece.

O amor é indecifrável, indefinido, depende do sentir e do viver de cada um. Da capacidade de ser dar e saber receber.

O amor é abraçar, sentir, viver!
Cris Anvago
11/06/2015

sábado, 6 de junho de 2020

Namorei o teu sorriso
Prendi o teu corpo
A alma voa
O coração acelera
O beijo ferve e envolve

Fruta doce no céu da minha boca
Pintei o teu nome num balão
Soltei o riso
Prendi o teu corpo...
...ao meu...

Cris Anvago

06/06/2014

PENSAMENTOS DERRAMADOS

Canta-me no teu imaginário
Onde as estrelas são cadentes
E os compassos não esperam
Dança-me nos sonhos
Que se derramam no corpo
Salgam e pele
Vibram nos poros selvagens
Gato que se enrosca
Esconde as garras
Macios os pensamentos
Doces os momentos que se encontram na noite…
Cris Anvago
(06/06/2014)

sábado, 30 de maio de 2020

SEMPRE TE QUERO


Nem sempre te espero,
nem sempre me quero,

Quantas vezes amenizo as manhãs
Nos teus lábios que sabem a romãs
A tua face corada, pelo sol que agora se vai
O teu sorriso, sem precisar de motivo
beija um sorriso meu, meu olhar cativo
no teu olhar que voa, no meu sonho,
num céu azul mar, pousa no meu altivo olhar


Quantas vezes te espero
Quantas vezes te quero


Nas tardes de inverno, nasce o sol no teu corpo
espero paciente pelo abraço que me aconchega
Cavalgas nos prados verdejantes,
sorris, quando dizem que somos amantes.
Agasalhas o poema que nasce em ti e a mim chega,
não por palavras ocas, mas por gestos cintilantes


Tantas vezes me afogo sem mar,
só com a ondulação do teu olhar


Sempre te espero
Sempre te quero
Cris Anvago

quarta-feira, 20 de maio de 2020

AGARRA-TE



Deixa fluir as emoções,
não escondas as preocupações,
tudo em ti é muito para ser guardado,
não penses, relaxa um bocado.

Também é preciso sorrir
abraçar as palavras que te dizem,
deixa a tristeza descansar um pouco,
tens direito a ser um pouco louco.

Deixa as lágrimas caírem
pela beleza que existe em teu redor

Abre um livro e liberta-te nas suas páginas

Deixa os teus olhos sorrirem

Não te feches
Não te deixes
Agarra-te a ti e não largues o sonho!
Cris Anvago

domingo, 3 de maio de 2020

NA TUA VOZ

Na tua voz a rouquidão da manhã
Que desperta lentamente
O teu corpo eleva-se num voo
Leve e solto sobrevoa as searas
Canta e acrescenta encanto
Ao canto dos pássaros
Insólitas são as palavras doentes
Que se despem do melhor do seu sonho
E no verso que ainda não foi construído
No caminho que ainda não foi percorrido
Só ou acompanhadas
As palavras sentem-se cansadas
Dizer que o sol nasce amanhã
É esperança insegura
Na amargura de pensar no futuro
No que não se lê
No que se pensa que está
E não se vê
Para além do escuro, para lá do muro
Na tua voz a rouquidão da noite
Da espera, da lágrima que já não cai
Da gargalhada que já não sai sonora
Como a que ouvíamos, nos jantares de outrora
Ilumina-me o agora com o beijo que não te dou!
Cris Anvago


sábado, 25 de abril de 2020

PORTUGAL 25 ABRIL 1974!

UM CRAVO!

Cheio de significado
Não apenas uma flor
É um grito!
Vozes unidas
Dores esquecidas
Milhares de cravos
Vermelhos
Sangue que pulsa
Liberdade que se expande
Sonhos de um futuro melhor
Abraços, sorrisos
1974! Ano para recordar!
Vermelho e verde
Símbolo da liberdade
Cinzentos os rostos
Transformados em risos coloridos
Palavras de ordem
“O povo unido”
Sem partidos
Com sentido
“Jamais será vencido”
Num único objectivo!
Justiça e igualdade
Respeito de braço dado!
Não desistam da luta!
NÃO DEIXEM MORRER O CRAVO!
Cris Anvago
(25/04/2015)

terça-feira, 21 de abril de 2020

E ela pousou numa qualquer janela que achou ser sua, contemplou os lugares vazios e admirou-se de não ver gente.
Respirou fundo e pensou que hoje era a dona do mundo!
Cris Anvago



Num abraço virtual toda a minha ternura e verdade!
Tão intenso como um abraço real, recebe-o com amizade!
Cris Anvago

sábado, 28 de março de 2020

Teus lábios…
encostados aos meus com carinho,
esperam a embriaguez da paixão
a noite que transpira emoção.


Tua pele,
arrepiada de desejo,
à espera de outro beijo
mais intenso que o primeiro,
fruto de desejos imensos
que inflamam…


O corpo
É vulcão que não esquece
Incendeia à chegada
Ajoelha-se na prece
para que não partas,
porque na despedida padece
em lágrimas que são dores.


Teus olhos
Ficam mar exaltado
Num oceano desgovernado
Sem pressa…
Quem ama
sabe que o desejo é mais profundo,
que não existe outro mundo.


Quem deseja
Percebe sempre quando beija,
que existe um rio
doce onde navega,
um céu onde se perde…


E o infinito é o começo
O sonho é a realidade,
de quem fica e recomeça
a naufragar no oceano,
que despreza o desengano
da vida que já viveu.


Quem beija
Sabe logo que deseja,
muito mais que lábios ternos,
quer loucura e perdição,
viver no precipício é navegar numa outra dimensão…


Quem ama
é louco e inconsequente
porque o que é valioso
não é toda a vida, mas aquele precioso momento!
Cris Anvago

(27/03/2016)
HISTÓRIAS QUE ESCREVO
Comecei a escrever uma história de amor e ternura no teu corpo, mas o tempo é curto amor, a emoção ficou interrompida, o relógio não pára, corremos no tempo e vamos escrevendo a nossa vida.
Pedaços de momentos diferentes vividos, vidros que se quebram, sorrisos perdidos.
Nos momentos somos nós, fora dos segundos estamos sós.
A vida corre e o amor que fazemos escorre nos minutos de prazer que vivemos.
Gaivotas voam ao sabor do vento, trocam olhares. Cruzam momentos, escolhem os melhores ventos, abrem as asas e voam felizes.
E, nos momentos esquecidos de nós, o vento é agreste, a rosa torna-se silvestre, no árido deserto o meu corpo esperou pelo teu.
Os momentos transformaram-se em silêncios vividos, passados, alegremente sentidos.
Corações que riram, choraram e se abraçaram…
Comecei a escrever uma história de amor no teu corpo, mas, como pássaro livre que és, voaste antes do final.
Escolhem-se os céus, escolhem-se os gestos, encontram-se histórias noutros rostos, noutras palavras, sentires diferentes.
Não sou ninguém, sou toda a gente...
As histórias que começo nem sempre têm fim.
Vivo os momentos, revivo e renovo a cada gesto, cada olhar tem um significado para mim.
As feridas que ficam, no longo caminho que percorro, só eu as saro.
Os punhais ferem e fogem, o coração sangra e chora, mas a força sempre fica e regressa o sorriso.
A ignorância do meu coração pede que ame sempre, cada vez mais, mesmo que o corpo , cansado dos segundos inacabados da minha história fiquem nos meus silêncios.
Sou ilusão, passagem, nesta longa viagem que só termina quando a minha alma se desprender de mim…
Cris Anvago
(28/03/2014)

quinta-feira, 26 de março de 2020

Que as minhas palavras
Atinjam a tua alma
Que te despertem os sonhos,
recordações de infância,
onde corrias, saltavas e eras feliz!
Que te façam lembrar o ontem
tão presente, as festas de aniversário,
de convívio só porque sim!
Das gargalhadas soltas no ar.
Do barulho da multidão
e dos gritos alegres das crianças
Que brincam num qualquer jardim!
Que os abraços te envolvam nos pensamentos só teus,
Porque é urgente abraçar, os teus amigos e família
para que não existam barreiras, medos ou tristezas.
Para que não tenhas que olhar pela janela
e querer estar do lado de fora!
Para seres livre e rires novamente,
gargalhadas sonoras ao lado de quem amas…
Tens que aguardar o momento!
Ser paciente!
Comunicar pelas tecnologias que existem e, ainda bem que existem, se fosse noutros tempos nem televisão tinhas, ficavas isolado do mundo!
Põe o teu eu interior em ordem e em paz!
Medita e acredita que o amanhã risonho vai chegar calmamente e serás diferente, serás mais forte, irás dar importância ao que realmente importa que são os afectos, a família, os amigos e que, alguns não te merecem, não precisam de ti e tu não precisas deles; muitos te surpreenderam e eram pessoas desconhecidas, apoiaram-te, fizeram muito por ti e não vais esquecer!
Que o amanhã esteja perto! Mais perto do que imaginas!
Do que todos nós imaginamos!
Cris Anvago


sábado, 21 de março de 2020


Poesia: Palavras ouvidas entre silêncios imaginados, assimilados intensamente pelo leitor que se revê na pele e no sentir do autor.
(21/03/2017)

quinta-feira, 19 de março de 2020

Teus lábios…
encostados aos meus com carinho,
esperam a embriaguez da paixão
a noite que transpira emoção.
Tua pele,
arrepiada de desejo,
à espera de outro beijo
mais intenso que o primeiro,
fruto de desejos imensos
que inflamam…
O corpo
É vulcão que não esquece
Incendeia à chegada
Ajoelha-se na prece
para que não partas,
porque na despedida padece
em lágrimas que são dores.
Teus olhos
Ficam mar exaltado
Num oceano desgovernado
Sem pressa…
Quem ama
sabe que o desejo é mais profundo,
que não existe outro mundo.
Quem deseja
Percebe sempre quando beija,
que existe um rio
doce onde navega,
um céu onde se perde…
E o infinito é o começo
O sonho é a realidade,
de quem fica e recomeça
a naufragar no oceano,
que despreza o desengano
da vida que já viveu.
Quem beija
Sabe logo que deseja,
muito mais que lábios ternos,
quer loucura e perdição,
viver no precipício é navegar numa outra dimensão…
Quem ama
é louco e inconsequente
porque o que é valioso
não é toda a vida, mas aquele precioso momento!
Cris Anvago
(19/03/2016)
Procura-me
Nos dias em que não consegues ver a tua sombra
Quando a lua se esconde por detrás de uma nuvem
Quando o rio silenciar o seu percurso

Procura-me
Nos momentos em que as palavras não fazem sentido
Quando a minha voz persiste em falar ao teu ouvido
Na ilha dos silêncios adormecidos
Procura-me
Talvez eu esteja em algum desses sítios que moram em ti
Cris Anvago
(19/03/2019)

terça-feira, 17 de março de 2020

Na noite cheia de emoções,
só quero que os teus lábios
pronunciem o meu nome
como favos de mel…

Doces na união de um sentir doce na pele….
Coração que se entrelaça no meu,
não como um nó,
como um abraço,
unido, sentido,
onde transpira o odor da paixão…
Que os teus lábios sejam mel de amor,
que o teu corpo seja doce desejo…
Num beijo corações, paixões e desejos,
que se elevam na noite,
que perduram na madrugada e, que o meu nome,
seja o teu desejo nos orgasmos que se espalham
como flores que nascem,
com cores brilhantes,
num jardim repleto de gemidos
de amantes enlouquecidos!
Que a noite seja um eterno paraíso,
sonhado e sentido,
no mais profundo gemido…
que não sejas tu nem eu!
Que sejamos nós!
Na noite escura que só se oiça a nossa voz,
aquele som, selvagem que nasce, profundo,
na selva do nosso corpo e se propaga na madrugada…
Cris Anvago
(17/03/2016)
As estrelas caíram no mar
Refrescaram-se nas águas límpidas
Mergulharam no horizonte perdido
Dançaram com as sereias
Cantaram um samba destemido
Balançaram numa quizomba
Ouviram um trinar de uma guitarra
E o fado cantaram
As estrelas caíram no mar
Iluminaram as águas cristalinas
Resplandeceram com o seu bailar
E as melodias inspiraram os desejos
Dos amantes perdidos
No seu balançar
Fizeram uma festa
E depois de serem sereias no mar
Esvoaçaram bem alto
Iluminaram o céu até o sol raiar!
Cris Anvago
A maré estava cheia
de desejos e silêncios
e a tristeza desapareceu
nos teus olhos adormeceu
Na fantasia dos teus sonhos
floriram rosas de todas as cores.
E os corpos encheram-se de amores
Nas promessas de infinitos desejos,
no peito que batia rápido,
como rápida é a vida
era maré viva para ser vivida!
Não sei se é sonho,
se é noite ou dia
No peito batia
um coração que pedia
amor na beira do mar
nas conchas que afagavam a areia
sinto-me sereia
Maré cheia como a lua
e despida de palavras
Sou tua!
Cris Anvago

domingo, 15 de março de 2020

TODOS SOMOS POESIA

Poesia é tudo o que vivemos
A paisagem que admiramos
A criança no nosso colo
O abraço apertado que damos
As lágrimas que correm
A emoção que aflora
Nos momentos alegres e tristes
A gargalhada solta
A palavra que não se escreve
Os gestos que fazemos

Poesia está em nós
Em todos os nossos sentidos
Porque poesia é sentir
Viver e amar
Todos somos poesia!
Vestida e entranhada na nossa pele
Nos livros que lemos
Nos sonhos e realidades
Nos beijos que damos
Nos gestos e afagos
Tatuados de poesia
Porque a poesia vive-se!
Cris Anvago
(15/03/2016)

sábado, 14 de março de 2020

Diz-me algo que eu não saiba.

Diz-me algo que eu não saiba.
Faz-me perceber
Que o mundo
não gira à minha volta,
que sou frágil,
tenho medos…
Faz-me perceber
que todos os dias
são para ser bem vividos,
que o sol não nasce só por querer.
Faz-me perceber
que o “nós” é mais importante que o “eu”!
Diz-me o que realmente pensas,
o que sonhas, o que queres.
Poderia dizer-te
que sei a importância e a força
de sermos nós,
que sei que o mundo gira
independente de mim,
que o amor é o meu alimento
e amar-te é renascer todos os dias...
Tudo isto…. tu sabes?
Cris Anvago
(11/03/2016)

domingo, 8 de março de 2020


No teu olhar
Um espelho da tua bondade
Tens o silêncio
Tatuado na pele
A paz caminha a teu lado

És voz que grita
No rio que se agita
És onda no mar
Que se expande
Pela praia deserta

És bela
Como um quadro por decifrar
És janela aberta para o mar
Sangue que pulsa
Nos meus sentidos
És o meu mundo
Mulher!

Nuvem que me embala no teu colo, me transporta para os teus mais belos sonhos, que me beija e deseja toda a felicidade, que é bela em qualquer idade.
Mulher que transporta no seu ventre, a esperança, o perfume de um ser, tão amado e desejado, mesmo antes de nascer!
Frágil e forte és tu Mulher!
Cris Anvago
08/03/2020




Mulher esquecida.
Mulher proibida de falar.
Cala a tua desgraça,
olha o tempo que passa,
não te faças ausentar
das palavras já gastas
dos livros por escrever.

Acorda e luta,
rejuvenesce!
Não deixes que a tua labuta
te consuma e te afogue.
Não sejas mágoa,
sê sorriso, alma que alimenta,
braços que acolhem
carinho e amor.

No teu regaço
existe sempre espaço
para teus filhos se aninharem.
Cris Anvago
08/03/2020




Mulher eterna
Acolhe nas tuas mãos
O calor do carinho
Que te dá teu filho.

Sorri para a vida
Porque não és esquecida
Em nenhum momento
Com saudade lembras
A infância perdida
Que deveria ser
Feliz e divertida
Mas foi vivida a trabalhar.

Agora tens filhos, marido e um lar
Palavras que adoças
Quando teus filhos abraças
Com a verdade de ti.
Mulher que canta
Enquanto trabalha
Mulher que sorri
Nas adversidades
Mulher liberdade!
Cris Anvago
08/03/2020

sábado, 7 de março de 2020

Quando as lágrimas escorrem pela face
A razão diz para o coração: Eu não te avisei?
O coração só responde: E tu não sentiste?
Chora coração...tens razão...
Cris Anvago
(07/03/2014)

O TEU MUNDO…NA MINHA MÃO

O meu olhar percorreu o teu corpo
Como se estivesse a ler um livro
De paixão e mistério
Com os meus dedos
Desvendei silêncios
Escondidos em ti
Tatuagens invisíveis na tua pele...
...dos meus lábios...
...que dançaram nos teus segredos
Exclamações transformadas em gemidos...
Que nasceram nos poros
Flores de desejos quentes...
...de pura magia...
Li-te vagarosamente...
Para não perder cada emoção
Sopro de vento humedecido
Na minha língua o sabor doce
Mel quente...
Colmeia de luz
Pele de seda
O teu corpo universo
Colinas de paixão
Movimentos fortes
Tempestade! Vulcão!
O meu olhar percorreu o teu corpo
O teu mistério em cascata
Odores de maresia
O teu mundo de magia
Repousa na minha mão...
Cris Anvago


(07/03/2014)

O TEMPO

Não existe tempo
na noite que se retrata
no vazio da minha alma nua.

Fico serenamente à espera
que o vento sopre as palavras
inocentes e quentes que se cruzam no ar.
Rodopiam, cantam e, nas asas abertas
voam nas ruas desertas
onde os corações se escondem
e os corpos se expõem.
Não existe frio para quem se encanta
Sob a lua que ilumina e se espanta
olhos rebeldes e apaixonados
seguem o amor,
mel que escorre nos corpos
entrelaçados os murmúrios
No tempo que pára!
Cris Anvago

terça-feira, 3 de março de 2020

Ritmo, vida,
descida,
subida,
contratempos
saída.
Porta fechada
persiana subida
janela aberta
encanto
vida!
Amor,
perdição
emoção
paixão!
Beco
sem saída.
Sorriso
Grito
Arrepio
Labirinto
Abraço
Espaço
No sol
do sorriso!
Amar
Sempre!
É saudável
É preciso!
Ritmo
VIDA!!!!
Cris Anvago
(18/02/2018)
As palavras voavam baixinho
enquanto dormia.
E essas palavras gritavam
o teu nome na noite vazia.

Eram tantas palavras
que formavam frases
Em sintonia.
Virgulas, pontos, parágrafos,
Interrogações e exclamações
velozmente surgiam.
Eram tantas palavras,
inundavam as páginas
brancas vazias.
Quando acordada
nessas palavras eu refletia.
As palavras descansavam
suaves num livro que surgia
esperavam quem as lesse,
pois quem as escreveu
nem as conhecia.
Eram palavras misteriosas,
podiam ser contos ou poesia,
melodia numa longa noite
em que a lua dormia.
Palavras repletas de emoção,
paixão, amor, fantasia.
Palavras que não conseguia escrever
Se fosse dia!
E, nas palavras me enrolo, me aqueço e descanso enquanto o sol nasce. São quentes e mornas, morangos, amoras que me apetece mordê-las, saboreá-las noutras noites com o mar e o meu coração no teu por companhia.
Cris Anvago
(24/02/2018)

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

QUANDO ESCREVO


Quando escrevo
esvoaço entre os espaços e as palavras
entre os sonhos de amanhã
entrelaço os sentimentos
em algodão doce, no céu do desejo
e, nos infinitos momentos
em que o olhar se perde
a boca se encontra
o abraço acontece
e o mundo se esquece
que existo aqui!
Desnudo a palavra derramada
No papel branco
entre o tudo e o nada
que brinca com o ter e o ser,
no pensamento abstracto de mim.

Quando escrevo solto-me no luar ainda por nascer, no sentimento por escrever, na luminosidade de um gesto!
Cris Anvago