quinta-feira, 5 de setembro de 2024

 

AMOR LIVRE

 

Existem pessoas que gostam de soltar as palavras

sem pensar, não prendem nenhum verbo,

passeiam nos poemas ao acaso

misturam tudo e juntam um som.

Tens de ter espaço para ti e para todos

Sabes? Ninguém gosta de ficar sozinho

Prende as tuas emoções e ouve o outro

Quem está à tua frente e ao redor tem cor,

precisa de espaço, desejos e sonhos por revelar

nunca deixes de ser a criança que foste, que és e que desejas ser.

Pensa que vives no melhor jardim da vida,

onde só existe chegada e não partida!

Dança como se fosse a última vez

A música não interessa quem fez

Concentra-te no perfume do teu par

Vai ficar na tua pele como se fosse o teu lar.

Acende uma vela num jantar especial,

numa noite inesquecível

Vive o ritmo do momento e balança

os vossos signos são compatíveis

assim diziam os livros e acreditaste

Sonhavas e dançavas numa casa sobre os rochedos

Ecoavam gargalhadas e dançavam sem medos

O futuro é agora!

Na varanda da vida vias o horizonte

e esperavas por uma doce aurora.

O amor não tem limite

É livre e vive-se agora!

Cris Anvago

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Um poeta não morre!

Pulsa nas palavras que escreve, que escreveu

Que vive e viveu!

 

Nos silêncios que são gritos

de amor, alegria, paixão ou dor!

 

Um poeta não morre!

 

O seu nome sempre fica

E muito significa na nossa vivência

Nas veias o seu calor a sua existência!

 

E o poeta sempre vive

pulsante nos corações

Que com ele partilham

Vivências, lágrimas

Alegres gargalhadas!

 

O poeta sempre vive!

Nos pensamentos e nos corações que amam o que escreve e sentem…

 

O poeta é palavra e silêncio que sempre vive em alguém!

Cris Anvago

29/09/2016




terça-feira, 11 de agosto de 2020

 Gostaria de ser

A voz no vento
no teu pensamento
que te faz sonhar
com coloridas sensações
eternas paixões
e a pele a saber a mar

Gostaria de ser
ave errante
que te seduz com o canto
numa noite de luar

Nuvem que passeia
Lua que enlouquece

Gostaria de ser
arte numa tela


abstrato amar
num colorido forte
vida e morte
vulcão a ressuscitar
das cinzas dos pensamentos obscuros
janela escancarada
o sol por detrás dos muros
ser o tudo onde não existe nada

A água no deserto
O corpo que está tão perto que não te deixa pensar em mais nada!
Cris Anvago
07/08/2017





quarta-feira, 15 de julho de 2020

Caminho no teu corpo
Nas minhas mãos os mistérios
Que se enlaçam entre o ser e o dar
O estar em ti e ficar

Percorro o teu sonho
No infinito das nuvens que te afagam
São os meus beijos que despertam
O esvoaçar do gemido que se solta
Corpo em fogo
Pintura inacabada
Tela onde grita o meu silêncio

Descanso na tua pele
Mar que se enfeita nas ondas exaltadas
Emaranhadas nos prazeres da paixão
Escorrem palavras mudas
Nas carícias que percorrem a ilha de ti…
Cris Anvago
15/07/2014

segunda-feira, 13 de julho de 2020

ESSÊNCIA...ATITUDE...ESTAR!

Na minha essência

Existe respeito, humildade

Respeito quem me respeita

Sou humilde porque não sou melhor que ninguém

Gosto do que faço e gosto de mim

Acredito em mim!

Poucas pessoas acreditam nelas próprias

É preciso acreditar para viver melhor

Amar para ser amada

A verdade de nós é o mais importante

A essência é o que nos define como pessoas

Somos o que sentimos, demonstramos

Nos pequenos gestos que se tornam grandes atitudes!

Cris Anvago

14/07/2014 

domingo, 12 de julho de 2020

Evento Literário da ALIPE BODAS DE PLUMAS

Vivo de palavras leves

de sonhos inconstantes
de sinais inconscientes
Mãos que afagam
Abraços que não apagam
o amor, a amizade a dedicação


Voo nas palavras
que me inspiram
cativam na pele
a leveza do sentir
o arrepiar que seduz
para além das palavras


Fico nas palavras
quieta, cativa da cor
beleza constante
Sou um ser irreverente
que se acalma
e nas palavras se revela


Palavras que não são minhas,
são do mundo.
Plumas que se elevam,
navegam perdidas nos oceanos
Que nos unem!
Cris Anvago






quinta-feira, 2 de julho de 2020

NADA É ETERNO

Na pele fica a infinita ternura
O gesto é fogo na manhã que nasce
Esvai-se no nevoeiro a palavra que magoa
A minha língua não teme naufragar na tua boca
Refrescas os meus sentidos
No sentir dos labirintos do meu ser
Sou o nada de tudo
Inteira no espaço que me envolve
Esvoacei pelas estrelas
Abracei a mais brilhante
Iluminei-me
Sou um ser viajante que sempre reclama por mais
Quero neve onde existe sol
Montanha onde existe mar
Quero que a natureza se contradiga
E me diga que sou louca por tanto amar…
Cris Anvago
02/07/2014

sábado, 27 de junho de 2020

Os meus silêncios sempre gritam o teu nome
A brisa afaga o teu olhar
Aquele toque invisível que arrepia...
Sou Eu!
Cris Anvago

27/06/2015

terça-feira, 23 de junho de 2020

Ser cabeleireira é uma arte calculada, de improviso arriscado!
É saber decifrar os desejos de cada pessoa que se senta na cadeira e espera que o seu corte de cabelo seja exactamente aquilo com que sonhou, na maioria das vezes não sabe explicar.
É saber qual o penteado que mais favorece o rosto, a tinta que melhor fica perante o estilo de cada pessoa.
É adivinhar o sonho de cada pessoa e tentar, com dedicação, esforço, calma e amor, como um verdadeiro artista, em cada rosto fazer, com os diversos estilos de cabelos uma obra de arte que seja única.
Ser cabeleireira é tornar o seu trabalho melhor que a realidade sonhada por cada pessoa.
O maior prémio de uma cabeleireira é ver o brilho nos olhos e o sorriso no rosto, da pessoa que se levanta da cadeira, se mira ao espelho e se sente melhor consigo mesma.
Ser cabeleireira é, não cortar demais, não cortar de menos, cortar na medida certa; não pintar a cor semelhante ao que a cliente quer, mas ser exactamente a cor pretendida.
É ser paciente, ser experiente, um pouco de psicóloga, de conselheira, de amiga e responsável pela beleza do penteado, do corte, da cor.
Ser cabeleireira é uma arte difícil, é como ser escultora de uma figura viva!
Não existe margem para erro!
Um aplauso para todas as cabeleireiras, artistas deste país!
Cris Anvago



sexta-feira, 12 de junho de 2020

Serei o pouco que vês e o muito que sentes ou, o muito que não vês…e o muito que eu sinto?
Cris Anvago

12/06/2014

quinta-feira, 11 de junho de 2020


Na geometria dos meus pensamentos
Onde a ternura se enlaça
Os movimentos abraçam-se
Nos corpos que se querem unidos
Corações que são anéis entrelaçados
Mãos que são conchas
Onde se revelam mistérios sonhados
Fantasias coloridas
Da vida que se faz de amor
Geometria de mim
Colorida
Sou tela onde as cores me enfeitam…
Cris Anvago
11/06/2015


O amor é um misto de paixão, desejo e sedução, que embala os corpos numa melodia por inventar, num oceano por navegar.

É afagar a nuvem que passa, branca e suave, abanar os sentidos, esquecer tudo o que se sabe no momento em que os poros se respiram e a pele transpira, num aroma perfeito e indefinido, entre o intenso e o suave.

No amor nada se sabe, além dos instantes repartidos entre os beijos que trocam palavras não ditas, mas sentidas. Nos seios os lábios excitam-se, nos ombros as asas agitam-se.
Voa a imaginação, cai a palavra no chão e só existe silêncio, só permanece o sentimento, puro e belo.

O amor não é chama que se apaga num sopro de uma palavra mais amarga, é compreensão, montanha onde se inicia uma grande escalada. Com paragens e respirações ofegantes, o amor sempre foi, é e será, dos amantes ternos e atenciosos, ouvintes atentos e presentes em tudo o que acontece.

Nas lágrimas também o amor se fortalece! Nos risos o desejo acontece.

O amor é indecifrável, indefinido, depende do sentir e do viver de cada um. Da capacidade de ser dar e saber receber.

O amor é abraçar, sentir, viver!
Cris Anvago
11/06/2015

sábado, 6 de junho de 2020

Namorei o teu sorriso
Prendi o teu corpo
A alma voa
O coração acelera
O beijo ferve e envolve

Fruta doce no céu da minha boca
Pintei o teu nome num balão
Soltei o riso
Prendi o teu corpo...
...ao meu...

Cris Anvago

06/06/2014

PENSAMENTOS DERRAMADOS

Canta-me no teu imaginário
Onde as estrelas são cadentes
E os compassos não esperam
Dança-me nos sonhos
Que se derramam no corpo
Salgam e pele
Vibram nos poros selvagens
Gato que se enrosca
Esconde as garras
Macios os pensamentos
Doces os momentos que se encontram na noite…
Cris Anvago
(06/06/2014)

sábado, 30 de maio de 2020

SEMPRE TE QUERO


Nem sempre te espero,
nem sempre me quero,

Quantas vezes amenizo as manhãs
Nos teus lábios que sabem a romãs
A tua face corada, pelo sol que agora se vai
O teu sorriso, sem precisar de motivo
beija um sorriso meu, meu olhar cativo
no teu olhar que voa, no meu sonho,
num céu azul mar, pousa no meu altivo olhar


Quantas vezes te espero
Quantas vezes te quero


Nas tardes de inverno, nasce o sol no teu corpo
espero paciente pelo abraço que me aconchega
Cavalgas nos prados verdejantes,
sorris, quando dizem que somos amantes.
Agasalhas o poema que nasce em ti e a mim chega,
não por palavras ocas, mas por gestos cintilantes


Tantas vezes me afogo sem mar,
só com a ondulação do teu olhar


Sempre te espero
Sempre te quero
Cris Anvago

quarta-feira, 20 de maio de 2020

AGARRA-TE



Deixa fluir as emoções,
não escondas as preocupações,
tudo em ti é muito para ser guardado,
não penses, relaxa um bocado.

Também é preciso sorrir
abraçar as palavras que te dizem,
deixa a tristeza descansar um pouco,
tens direito a ser um pouco louco.

Deixa as lágrimas caírem
pela beleza que existe em teu redor

Abre um livro e liberta-te nas suas páginas

Deixa os teus olhos sorrirem

Não te feches
Não te deixes
Agarra-te a ti e não largues o sonho!
Cris Anvago

domingo, 3 de maio de 2020

NA TUA VOZ

Na tua voz a rouquidão da manhã
Que desperta lentamente
O teu corpo eleva-se num voo
Leve e solto sobrevoa as searas
Canta e acrescenta encanto
Ao canto dos pássaros
Insólitas são as palavras doentes
Que se despem do melhor do seu sonho
E no verso que ainda não foi construído
No caminho que ainda não foi percorrido
Só ou acompanhadas
As palavras sentem-se cansadas
Dizer que o sol nasce amanhã
É esperança insegura
Na amargura de pensar no futuro
No que não se lê
No que se pensa que está
E não se vê
Para além do escuro, para lá do muro
Na tua voz a rouquidão da noite
Da espera, da lágrima que já não cai
Da gargalhada que já não sai sonora
Como a que ouvíamos, nos jantares de outrora
Ilumina-me o agora com o beijo que não te dou!
Cris Anvago


sábado, 25 de abril de 2020

PORTUGAL 25 ABRIL 1974!

UM CRAVO!

Cheio de significado
Não apenas uma flor
É um grito!
Vozes unidas
Dores esquecidas
Milhares de cravos
Vermelhos
Sangue que pulsa
Liberdade que se expande
Sonhos de um futuro melhor
Abraços, sorrisos
1974! Ano para recordar!
Vermelho e verde
Símbolo da liberdade
Cinzentos os rostos
Transformados em risos coloridos
Palavras de ordem
“O povo unido”
Sem partidos
Com sentido
“Jamais será vencido”
Num único objectivo!
Justiça e igualdade
Respeito de braço dado!
Não desistam da luta!
NÃO DEIXEM MORRER O CRAVO!
Cris Anvago
(25/04/2015)

terça-feira, 21 de abril de 2020

E ela pousou numa qualquer janela que achou ser sua, contemplou os lugares vazios e admirou-se de não ver gente.
Respirou fundo e pensou que hoje era a dona do mundo!
Cris Anvago