As
pessoas adormecem na escassez dos carinhos.
Enrolam-se
em si mesmas esquecem os seus caminhos.
Amordaçam
os gritos em silêncios desmedidos,
abraçam
o vazio do espaços outrora preenchidos.
E,
desafinam nas melodias, nos tempos e nos compassos.
Existem
sombras de passos que não existiram
por
preguiça, medo ou cansaço
ficarão
trancados na praia do segredo.
Ficam
presas as lágrimas em gavetas fechadas.
Presos
os sorrisos nos rostos lisos sem rugas de expressão.
Tudo
foi embrulhado numa noite de inverno ou, seria de verão?
Não
importa, já é tarde para soltar a emoção!
As
palavras apertadas não são ouvidas, não florescem,
já
estão de partida…
No
vento que se solta por entre os dedos,
faltam
espaços para carinhos, abraços,
regaços
que as acolham.
Cris
Anvago
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