segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Estremeço nas palavras que não digo
Guardo-as numa caixa fechada, meu abrigo
O céu fica nu sem as estrelas
Ficam tristes os olhos que não conseguem vê-las
Sem ondas o mar adormece
A sereia, sem admirador não aparece
O sol não brilha por detrás das nuvens
A estrada é fácil se não existirem curvas
A chuva não cai se a nuvem não chora
Evapora-se o sorriso se o amor demora
Os lábios não beijam se não existir outra boca
Fico fora do meu corpo quando fico louca
Do desejo que não se perde no toque
Aquece é paixão é desejo
Fogueira, tentação
Não adormece o corpo
Intimidade com imaginação
Explorar o inimaginável
Descobrir o improvável
Seduzir é tentação
Olhar que despe
Corpos no chão
Imaginação que estremece
Nas palavras que não digo
Guardo o sabor do desejo na minha mão

Cris Anvago

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