sábado, 28 de maio de 2016

Temos um céu perfeito
Um mar que se estende
Como um poeta nas palavras
Sentidas e magoadas
Um dia encantado
Com asas nos braços
Voamos no vento
Que não existe
Mas imaginamos
Uma ilha deserta
Um corpo molhado
Num corpo que o espera
Braços em fogo
Que se apertam
Em corpos presentes
Na ausência do sol
A fogueira do momento
Nas asas da imaginação
Somos céu no chão
Encontramo-nos
Na escuridão das palavras caladas
As estrelas têm a mesma morada
No céu que as acolhe
E o gesto que escolhe
Outro gesto que o beija
Temos um céu perfeito
Num mar que de estrelas se enfeita

Cris Anvago

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