Na madrugada
espelham-se as olheiras de quem amou a noite inteira.
Os corpos
descansam abraçados
Estranhamento
colados
Como se
fossem um só
As
respirações ofegantes
São agora
leves brisas
Que fazem
esvoaçar
Pequenas
pétalas de flor
Suspiros de
amor
Em manhã
primaveril
De quem
muito teve
Riu e sorriu
Até uma
lágrima caiu
De
felicidade vestida
Pele com
pele
Poro com
poro
Fragrância
que perdura
No ambiente
fechado
Quarto
iluminado
onde os
gritos foram abafados
Por beijos
ternos
Toques
selvagens
Palavras impercetíveis
Viagens
imperdíveis
Por oceanos
não descobertos
Espalham-se
as olheiras
Sorriem os
olhos
De quem
nunca deixou de se olhar…
Cris Anvago
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