Quantas vezes ficamos presos na teia dos nossos pensamentos
Nem sabemos de onde vem a aranha que nos prende
Porque, mesmo ela, somos nós que a criamos.
Construímos as nossas amarras
Incapazes de nos libertarmos
Do emaranhado de palavras
Entrelaçadas e imaginadas por nós…
Somos complexos no raciocínio, no sentir.
Desastrados quando queremos transmitir
O que verdadeiramente nos vai no coração
Em vez disso, viramos a cara, gritamos não!
Ao que desconhecemos
E nunca viveremos em liberdade assim
Presos na nossa teia,
que cresce a cada dia,
sem nos apercebermos,
que nem sempre é noite, dor, melancolia
Existe o dia, o sol, o querer e o amar
Basta deixar voar o nosso pensamento
Destruirmos a teia
Viver em liberdade
Correr na vida
Como o sangue corre na veia
Sermos fogueira
No amor e no querer
Na paixão e no viver
Amar sem amarras!
Destruir a teia que nos prende…
Cris Anvago
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